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O que o lixo da nossa casa revela sobre nós (e sobre o mundo)

Relatório global mostra que idosos são mais engajados na separação dos resíduos e alerta para os riscos do descarte incorreto, ainda comum em muitas regiões

O relatório “Um Mundo de Resíduos: Riscos e Oportunidades na Gestão de Resíduos Domésticos” revelou dados surpreendentes sobre os hábitos de descarte da população mundial. A pesquisa, que ouviu mais de 147 mil pessoas em 142 países, mostra que os idosos estão dando exemplo quando o assunto é separar o lixo corretamente, e que, apesar de a reciclagem ser vista como importante, muitos ainda descartam seus resíduos de forma inadequada. O Brasil aparece com destaque, e não por acaso.

Por aqui, 75% das pessoas com mais de 65 anos afirmam separar seus resíduos, enquanto apenas 41% dos jovens entre 15 e 29 anos dizem fazer o mesmo. Essa diferença de 34 pontos percentuais é a maior registrada no mundo. Um dado que nos orgulha por um lado, mas também nos desafia a envolver as gerações mais jovens na prática da separação.

O estudo também mostra que entre os resíduos mais comuns no lixo doméstico estão os restos de alimentos, que representam 38% do total.

Outro ponto alarmante é que, em escala global, mais de 40% das famílias ainda descartam seus resíduos de forma descontrolada, sendo que 14% recorrem à queima a céu aberto, prática perigosa para a saúde e o meio ambiente. Nessas regiões, especialmente em áreas rurais e cidades menores de países de baixa renda, a infraestrutura de coleta ainda é escassa, o que agrava o problema.

No Brasil, 89% da população já conta com coleta de lixo domiciliar, o que é um dado positivo. Mas, para que essa coleta seja realmente eficaz, ela precisa vir acompanhada da separação correta dos materiais em casa. O relatório reforça que separar os resíduos é o primeiro passo para garantir um descarte seguro e sustentável, reduzir emissões de gases de efeito estufa e promover a economia circular.

Por isso, se você já separa seus resíduos, continue! E se ainda não começou, esse é o momento. Não precisa esperar o próximo ano ou uma grande campanha para fazer diferente. Basta começar em casa, com uma lixeira para recicláveis, outra para orgânicos e um pouco de atenção na hora do descarte. E quem sabe, como mostra o relatório, a geração mais velha não vira mesmo inspiração para todos nós?

O relatório completo está disponível AQUI.