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Coleta seletiva ainda é exceção no Brasil, mas isso está começando a mudar

Menos de 40% dos municípios têm coleta seletiva, mas notícias de ampliação estão surgindo pouco a pouco

Separar e descartar corretamente os resíduos recicláveis é um passo simples, mas essencial para a construção de um mundo mais sustentável. Ainda assim, o cenário brasileiro mostra que esse hábito está longe de ser regra: menos de 40% dos municípios contam com algum tipo de serviço de coleta seletiva, segundo os dados mais recentes sobre Manejo dos Resíduos Sólidos Urbanos do Ministério das Cidades.

Com isso, sabemos que o país enfrenta um desafio e, com ele, uma enorme oportunidade de transformação.

Para enfrentar essa realidade, o governo federal lançou, em 2025, o Plano Nacional de Economia Circular (2025–2034). Já publicamos um post detalhado sobre ele aqui em nosso blog. O documento traz diretrizes claras para fortalecer a reciclagem no país e estabelece metas específicas para ampliar a coleta seletiva e a triagem de resíduos, sempre reforçando a importância da responsabilidade compartilhada.

Exemplo que inspira: Salvador (BA)
Recentemente, Salvador deu um passo importante seguindo as indicações do novo plano federal ao lançar um projeto pioneiro de coleta seletiva porta a porta com agendamento on-line.

A ação, intitulada Roda, foi desenvolvida em parceria com a startup Solos e o programa internacional Urban Ocean (da Resilient Cities Network) e leva a coleta seletiva para os bairros do Centro Histórico. A ação é inovadora: cobre uma região turística e complexa oferecendo agendamento digital da coleta, com atendimento via WhatsApp, e uso de triciclos elétricos, ou seja, sem emissão de CO₂.

Além de beneficiar o meio ambiente, o projeto também fortalece a reciclagem e gera renda digna para catadores e catadoras da região.

Avanços locais, impacto nacional
Pode parecer otimismo demais comemorar iniciativas como a de Salvador, mas é assim, com pequenos passos, que grandes mudanças começam a surgir. A expectativa é que esse tipo de modelo seja expandido para outras regiões da cidade, servindo de inspiração para muitos outros municípios brasileiros.

Desde 2010, quando foi lançada a Política Nacional de Resíduos Sólidos, fala-se sobre a necessidade de expandir a coleta seletiva no Brasil. Com o novo plano de economia circular, essa diretriz parece ganhar ainda mais vida, já que, agora, nota-se um planejamento, seguido de investimento e participação coletiva.

O cenário ainda está longe do ideal, mas com ações coordenadas e exemplos bem-sucedidos, esse futuro circular já está sendo desenhado.