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Reciclagem e o tripé de benefícios

Processo gera vantagens sociais, econômicas e ambientais

Auxiliar na consolidação da economia circular ampliando a capacidade de logística reversa do país é apenas um dos papéis atribuídos à cultura da reciclagem. Isso porque, além dos benefícios ambientais advindos da separação e destinação adequadas dos resíduos sólidos urbanos que geramos todos os dias, há benefícios sociais e econômicos, pois o processo de reciclagem também assume a proposta de gerar trabalho e reduzir a pobreza.

Vamos a um exemplo prático?

De acordo com a ABIPET (Associação Brasileira da Indústria do PET), o processo de reciclagem do PET estimula atividade remunerada na base da nossa pirâmide social, ou seja, contribui para resgatar a cidadania de parte da população. Em um momento em que o desemprego no Brasil atinge a maior taxa dos últimos anos (14,1%, segundo o IBGE), mercados que geram vagas precisam ser fortalecidos.

O cenário, inclusive, é atrativo pois o PET é um material com diversidade de aplicações, o que faz com que o valor pago por ele seja relevante durante todo o ano. Além dos milhares de empregos diretos gerados por esse processo, há também os empregos indiretos criados dentro da logística, já que milhões de garrafas são transportadas todos os dias até a indústria recicladora e, posteriormente, transportadas novamente como matéria-prima reciclada.

No aspecto econômico, são diversos os setores beneficiados pela reciclagem do PET. Além, claro, da indústria de embalagem que utiliza o material para a fabricação de novos invólucros, a indústria têxtil também ganha, pois consegue transformar aquela garrafa descartada em fibra de poliéster para confecções diversas; e a indústria química é beneficiada, pois recebe insumo para fabricação de resinas para tintas, vernizes e aplicações estruturais.

Em termos financeiros, trata-se de um mercado viável, sustentável e funcional. Você sabia que um terço do faturamento de toda a indústria brasileira do PET provém da reciclagem? E que esse montante chegou, em 2019, a R$ 3,5 bilhões? Pois é! A reciclagem do PET gera impostos, empregos e renda, assim como qualquer indústria de base sólida no país.

Já os benefícios ambientais são mais facilmente identificados, não é mesmo? O PET é um material resistente e a possibilidade de fabricação de embalagens mais finas reduz a quantidade de material utilizado e aumenta a eficiência do transporte, já que é possível carregar mais produtos em uma única remessa. Quando reciclado, esses benefícios são potencializados!

Além da espetacular evolução tecnológica, que permite utilizar a matéria-prima reciclada para fabricar uma nova embalagem para alimentos e bebidas, processo esse aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e conhecido como Bottle to Bottle, o PET reciclado também é útil para construção civil, segmento de tintas, produção de peças para automóveis e caminhões e até mesmo para a fabricação dos nossos indispensáveis telefones celulares.

Aproveitar as centenas de milhares de toneladas de embalagens que poderiam ser destinadas indevidamente para aterros e lixões traz um enorme ganho ambiental, economiza recursos naturais, água e energia.

Esse cenário que acabamos de ver sobre a reciclagem do PET impactando positivamente nossa sociedade também se multiplica para os outros materiais. Mas, para que consigamos, de fato, alcançar esses benefícios, precisamos separar e destinar corretamente nossas embalagens pós-consumo!