A pandemia de COVID-19 obrigou o mundo a ficar mais tempo dentro de casa e afastou os estudantes – de todos os níveis de escolaridade – das escolas, ambiente muito relevante também para a formação comportamental. Aos poucos, e de forma gradual, essa população está retomando a rotina escolar, o convívio e o aprendizado de forma coletiva.

Essa retomada está repleta de mudanças comportamentais e surge como um excelente momento para reforçar a conscientização dos jovens quanto à necessidade da separação e destinação adequadas dos nossos resíduos, até porque dentro de casa eles conseguiram perceber de forma mais clara a quantidade de resíduos que nossa existência gera diariamente.

Considerando que um tema tão importante e relevante para a sustentabilidade do planeta não pode, jamais, ficar de fora do ambiente escolar, elencamos algumas estratégias para abordar separação, destinação e reciclagem na programação educacional (lembrando que seguimos em um cenário pandêmico, então aglomerações, visitas às cooperativas e mudanças de ambiente que coloquem alunos e professores em risco não são recomendadas neste momento).

Infraestrutura – O primeiro passo para abordar a importância da separação e destinação adequadas dos resíduos está em garantir a infraestrutura local para isso. E o processo é simples: distribuir, pelo ambiente escolar, dois coletores um ao lado do outro, indicando em qual deles os recicláveis devem ser descartados. Paralelamente, a escola também pode fazer ainda mais e pode se transformar, por exemplo, em um ponto de coleta de eletrônicos, estimulando as crianças a separar esses resíduos e levá-los para descarte durante as aulas.

Campanhas de conscientização – Assim como tivemos de repensar nosso comportamento para nos protegermos da infecção pelo novo coronavírus usando máscaras todos os dias, lavando as mãos com mais frequência, portando álcool em gel e evitando tocar o rosto, a cultura do descarte correto de resíduos também é um hábito que precisa ser estimulado. Dessa forma, elaborar campanhas de conscientização apresentando filmes, vídeos, documentários; espalhando cartazes e mostrando os impactos diretos no planeta para que os alunos repensem suas atitudes é um ótimo caminho.

Oficinas de reaproveitamento de materiais – Os alunos mais novos costumam responder muito bem a atividades interativas. Incentivar que eles reúnam materiais recicláveis em casa e depois participem de uma oficina na escola ajuda a estimular a criatividade focada no reaproveitamento desses itens. Nessas oficinas, podem ser feitos brinquedos, porta-canetas, porta-retratos, vasos e muitos outros itens de uso doméstico. Além disso, é importante explicar todo o ciclo do produto, para que eles também aprendam qual a melhor forma de descartar aqueles itens mesmo após reaproveitá-los.

Jogos educativos – A sugestão de “aprender brincando” é excelente. Buscar jogos que tenham a temática da reciclagem e estimular brincadeiras inclusive com itens recicláveis reforça a cultura e coloca o tema no cotidiano. O Separe. Não Pare. tem um jogo de tabuleiro excelente para isso. Clique AQUI para baixar e para ensinar os alunos sobre todas as etapas envolvidas no processo da reciclagem no nosso país.

Utilizar recicláveis nas outras disciplinas – O ensino pode usar materiais recicláveis mesmo quando o assunto principal não é reciclagem e sustentabilidade. O que queremos dizer é que é possível implementar itens que remetam à cultura de separação e destinação adequadas dos nossos resíduos nas aulas de matemática, robótica, literatura e biologia. Essa visão, inclusive, ajuda na construção de uma consciência coletiva de que o cuidado com o descarte dos resíduos deve ser algo inerente à nossa existência, ou seja, deve fazer parte da nossa rotina praticamente de forma automática. Que tal, por exemplo, ensinar tabuada usando tampinhas de garrafa? Ou incentivar os mais velhos a montar um robô com sucata eletrônica, miolos de papel higiênico e garrafa PET? Aqui a criatividade de quem leciona pode levar a resultados incríveis.

O mais importante de todo esse cenário é a promoção da cultura sustentável. Incluir os jovens, desde muito cedo, na luta por um mundo mais saudável, com menos geração de lixo e consumo mais consciente, é o caminho para a transformação. As gerações vão mudando, se atualizando, e quanto mais essa consciência for parte do pensamento comum, melhor. Aproveite e clique AQUI para acessar um guia com dicas valiosas para que o retorno às aulas seja seguro.